quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fleche D´Or - Lookbook Dutch Golden Age inverno 2012

Com inspiração na Era de Ouro da Holanda, que teve o seu auge no século XVII, o estilista Fernando Silva buscou todos os ícones e referências desse período histórico para desenvolver a coleção do selo exclusivo FLECHE D’OR por FERNANDO SILVA.

Da pintura holandesa, o gênero Still-Life (natureza morta) foi o ponto de partida por suas texturas e superfícies ricas em efeitos de luz e sombra.
A cartela de cores tem como referencial os florais do pintor Williem Van Aelst: bordeaux, escarlate, bonina, framboesa, verde-musgo e grafite.
Das pinturas Vanitas de Pieter Claesz vieram os tons envelhecidos de ocre, sépia, dourado, girassol. Ferrugem e marrom se misturam a marfins e crafts.
A porcelana Delft Blue é um ícone importante, inspirando as gamas de marinho, azul delft, preto, branco e prata.

A estamparia digital exclusiva também foi desenvolvida com influências dos mestres da pintura holandesa reveladas em dramáticos florais e banquetes de frutas; Vanitas foram diluídas em partituras envelhecidas e flores de girassóis; fragmentos de porcelanas Delft Blue surgem com efeito maximizado; as ilustrações de tulipas são do botânico Jacob Marrel.

Para o inverno 2012, a mistura de matérias-primas e texturas resulta em uma estética moderna e sofisticada: os tecidos são leves e translúcidos, como musseline silk, cetim royale, jérsei, cetim plissado, chiffon, crepe laminado, veludo plush,  paetês, renda guipure, tule de seda e renda vanitas.
As bases estruturadas também têm destaque em ricos brocados e jacquards de algodão, sarja acetinada, couro, suedes, crepe alfaiataria, camurça metalizada e peles.
Os shapes são elegantes e ultrafemininos com inspiração nas formas orgânicas das tulipas e nos vasos de porcelana.

O coquetel dress tem apelo sofisticado e sexy aliado a luxuosos vestidos longos de noite em efeito moulage, fendas e aplicação de tule transparente nos decotes.
O comprimento midi e a saia lápis são a grande aposta da coleção.
O mix é completo, inclui camisaria em transparências, blusas com lenços, tricots com efeito mohair, tops segunda pele, calças, saias e casacos alfaiataria, jaquetas, macacões e estolas de pele.
Os looks são adornados com aplicação de fitas de veludo, renda chantilly rebordada por maxicanutilhos, malha de metal com berloques de pérolas, cintos de couro com fivelas de acrílicos, colares e pingentes de correntes e flores de tecidos com plumas de galo e avestruz.











Regina Salomão inaugura loja conceito

Há mais de 20 anos no mercado, Regina Salomão inaugura agora uma loja conceito, no dia 17 de abril, no bairro de Lourdes.
O projeto foi entregue à arquiteta Denise Pinho, que transformou a casa de dois andares em um espaço requintado e confortável. O destaque é um jardim interno com cascata, que acentua o clima de aconchego dos ambientes.
Nove provadores estão à disposição dos clientes, um deles adaptado para cadeirantes. No primeiro andar, será exibida a coleção casual da grife; no segundo, o segmento festa, sapatos, acessórios, e uma linha de presentes ligados à casa, moda e utilidades. Para completar o conforto, a loja oferece estacionamento para 10 carros.
Com um showroom em Belo Horizonte e dois em São Paulo, a marca mineira é comandada pelas empresárias Regina Salomão e Cristina Salomão.
Além de contar com 500 pontos nacionais, comercializa seus produtos também nos Estados Unidos, Europa e África.


Estilo Conhecida por seu DNA atemporal e contemporâneo, os looks Regina Salomão são voltados para mulheres de várias faixas etárias, que prezam a elegância e feminilidade com uma pitada de sensualidade.
Consolidada empresa de moda, a marca tem direção criativa da empresária e estilista Cristina Salomão, que coordena o setor de estilo com auxílio do renomado estilista Eduardo Suppes.
O sucesso é fruto da dedicação de Regina Salomão, que abriu seu negócio nos anos 1990, com base em suas habilidades com linhas e agulhas. A filha e sócia Cristina Salomão cresceu em meio às costuras e aprendeu bem cedo os segredos de criação e fabricação.





Fotos: Antônio Andrade

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Inverno Civil

Para o inverno 2012, a Civil, marca consolidada no mercado jeanswear, reafirma o seu caminho nesse segmento e dá mais enfoque aos tecidos jeans, revestindo-os de glamour e abrindo uma temporada totalmente denim.
A atual coleção segue o espírito das passarelas internacionais e se deixou embalar por várias marcas poderosas, que antes não davam tanta importância ao jeans, e agora, decidiram investir nele. O catálogo Civil inverno 2012 vem totalmente tingido pelo azul vibrante do denin.

JEANS
O jeans, nesse inverno, entra no caminho da ecologia e sustentabilidade se vestindo de nuances mais brutas e escuras para tentar minimizar o impacto das lavagens agressivas e, com isto, diminuir o consumo de água, produtos químicos e lenha para fornalhas, seguindo por três temas distintos .

Country Side
Herança do campo com referências 70’s e do country americano. Pespontos e filigranas com tendências apaches, modelagens cenoura, skinny, saia longa e camisaria western.
As lavagens buscam desgastes mais naturais, cores mais surradas, puídos e, às vezes, trazem uma nuance cinza.


Grunge Posh
O ar rebelde do grunge ganha ares de luxo. O despojado e reaproveitado casa com o estilo nobre, mistura de proporções contrastantes que se equilibram.
As lavagens são ora bem desgastadas, outras escuras e resinadas, mas sem abrir mão dos desgastados e puídos.
Detalhes como botões e metais ouro, carcelas e martingales, matelassês  e peles de bichos remetem à natureza. A proporção mais ampla é muito importante.

Barrock
Peças com um ar barroco e pegada rock, romantismo excêntrico dos séculos passados revistos num remix pósmoderno.
Proporções mais ajustadas e curtas, detalhes ricos em rendas, bichos e metais.
Entram em cena calças masculinas (boyfriend), alfaiataria denim e casaquetos mais requintados. Black denim e black blue denim se destacam.

FASHION
Na parte fashion da coleção, a Civil apostou na dualidade da androginia, tema tão em alta no mundo atual, e se dividiu em três caminhos para compor seus looks com ar andrógino, mas sem perder seu lado superfeminino.


Mix étnico
O étnico entra na coleção com um mix de cores, estampas e padronagens, deixando a estação fria de inverno superaquecida. A influência vem de todos os povos - a ideia é reconhecer que admiramos nossas diferenças e aceitar que somos todos iguais. Em uma peça é possível encontrar florais alinhados com listras e unidos à estampas geométricas.Todas as culturas são muito bem exploradas extraindo-se o que se tem de melhor de cada uma. A inspiração vem dos anos 70, época em que a pluralidade era valorizada. Tudo isso se renova agora: quanto mais inusitado mais interessante fica.

New grunge
Seguindo a linha do rock alternativo, o New Grunge vem como forte tendência para o inverno 2012. A Civil faz uma releitura desse movimento que virou febre internacional nos anos 90, marcado pelo xadrez e sua modelagem mais ampla, que condiz com o desejo de liberdade desse estilo. O look se torna desalinhado e estudado, com peças desestruturadas e desconstruídas que se sucedem, trazendo o regresso vintage do grunge. A ordem do estilo é manter a identidade e se expressar através de um vestuário simples.

Romantic rock
O estilo Romantic Rock é a inovação do estilo romântico, que vem para o inverno com uma pegada rock. Ele perde um pouco a delicadeza e a pureza e se torna levemente agressivo e sombrio. A feminilidade das peças se mantém nas rendas, nos tules e nos shapes, que são, na maioria, batas com babados e camadas. Elas ganham sempre a cor preta para dar o ar de inverno e a cara do rock.


A top Bárbara Berger, do primeiro time de modelos brasileiras, estrela a campanha inverno 2012 da Civil. As fotos, de Weber Pádua, foram clicadas no aeroporto Carlos Prates, em BH.
O investimento em uma profissional, que não sai de casa para trabalhar por menos de R$ 20 mil, sinaliza o desejo da marca mineira de reforçar a sua imagem e atitude jeanswear e conquistar uma fatia maior do mercado.
Entre as novidades, que surgem nesta estação, Pedro e Bianca Rabelo, herdeiros do grupo Cláudia Rabelo, a que pertence a Civil, assumem o comando da grife.
E o showroom, no bairro Santo Agostinho, passou por uma reforma completa pelas mãos do arquiteto Reinaldo Saturnino, em um projeto que mistura ferro, tijolos, pedras, madeira de demolição, com efeito inusitado.


Fotos Weber Pádua