Workshop Moda & Indústria
Identidade e
artesanato
Começou hoje, no auditório da Fiemg, o 3° workshop Moda
& Indústria Têxtil, promovido pelo Sindvest – Sindicato das Indústrias do
Vestuário MG, com presença da estilista Patrícia Bonaldi, de Costanza Pascolato
e da consultora Tereza Cristina Horn.
Alguns tópicos predominaram nas três palestras, entre eles a
necessidade de cada marca focar em sua identidade e no artesanal para garantir
a “sua fatia no bolo” no mercado conforme enfatizou Costanza Pascolato, além do
foco no cliente, no treinamento e na administração da empresa.
O seminário foi organizado pelo TS Studio, 211 Consultoria e
Projetos e Salamandra Comunicação.
Confira um resumo do depoimento de Patrícia Bonaldi.
PATRÍCIA BONALDI
“Minha história não é nenhum conto de fadas. É muito frio na barriga...”
O início da carreira de Patrícia Bonaldi foi em 2002, quando
ela teve a ousadia para criar e começar a administrar um negócio próprio. Uma
pequena loja de multimarcas em um shopping popular de Uberlândia, sua cidade
natal, abriu as portas para chegar ao sucesso associado à marca homônima.
As mulheres da cidade sempre tiveram o hábito de customizar as roupas.
Acrescentar uma manga ou modificar um bordado era de praxe para as
uberlandenses. Desse modo, para atender à demanda dos clientes, ela começou a
fazer customização sob medida, e foi a partir daí que descobriu o caminho que
deveria percorrer.
Muito exigente com si mesma, saiu do varejo em 2006 e, dois anos depois, com o
auxílio de Terezinha Santos, do TS Studio, participou da sua primeira importante
feira: Minas Trend Preview, onde ganhou vários e expressivos clientes.
O êxito da marca Patrícia Bonaldi no mercado é resultado de sua percepção e
envolvimento. Para a mineira, o sucesso de vendas é consequência da conexão
final que ela estabelece com o cliente. “Não trabalho para o lojista e sim para
quem irá usar a roupa.”
Por meio da participação em feiras internacionais, ela
chegou ao mercado externo: está atualmente em 20 países e considera que as vendas
são conseqüências do trabalho manual, especificamente os bordados, que encantam
os clientes. Foi esta característica que despertou o interesse da Harrods. “Não
fizemos nenhum malabarismo, fomos selecionados pelo produto”. Seu corner na
loja britânica estava ao lado de grifes famosas como Marchesa e Nina Ricci.
Patrícia considera mais fácil trabalhar no exterior que no
mercado interno. Lá existe mais liberdade para vender, sem comprometer o
posicionamento. No Brasil, os pedidos têm que passar por uma triagem. “Não
podemos vender para todo mundo”.
Para garantir a mão-de-obra, ela investe em treinamento de
pessoas. “Sei que é uma mão de obra volátil, mas não há outro jeito para
resolver o problema”, garante.
“Minha história não é nenhum conto de fadas, é muito frio na
barriga, acordo com náuseas...”. Com loja na Oscar Freire, na quinta-feira a
estilista faz desfile no Mube para imprensa e clientes mostrando coleção
inspirada na Índia e no circo.
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