terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Workshop Moda & Indústria

Workshop Moda & Indústria

Identidade e artesanato

Começou hoje, no auditório da Fiemg, o 3° workshop Moda & Indústria Têxtil, promovido pelo Sindvest – Sindicato das Indústrias do Vestuário MG, com presença da estilista Patrícia Bonaldi, de Costanza Pascolato e da consultora Tereza Cristina Horn.
Alguns tópicos predominaram nas três palestras, entre eles a necessidade de cada marca focar em sua identidade e no artesanal para garantir a “sua fatia no bolo” no mercado conforme enfatizou Costanza Pascolato, além do foco no cliente, no treinamento e na administração da empresa.
O seminário foi organizado pelo TS Studio, 211 Consultoria e Projetos e Salamandra Comunicação.
Confira um resumo do depoimento de Patrícia Bonaldi.

PATRÍCIA BONALDI

Minha história não é nenhum conto de fadas. É muito frio na barriga...”

O início da carreira de Patrícia Bonaldi foi em 2002, quando ela teve a ousadia para criar e começar a administrar um negócio próprio. Uma pequena loja de multimarcas em um shopping popular de Uberlândia, sua cidade natal, abriu as portas para chegar ao sucesso associado à marca homônima. 
As mulheres da cidade sempre tiveram o hábito de customizar as roupas. Acrescentar uma manga ou modificar um bordado era de praxe para as uberlandenses. Desse modo, para atender à demanda dos clientes, ela começou a fazer customização sob medida, e foi a partir daí que descobriu o caminho que deveria percorrer. 
Muito exigente com si mesma, saiu do varejo em 2006 e, dois anos depois, com o auxílio de Terezinha Santos, do TS Studio, participou da sua primeira importante feira: Minas Trend Preview, onde ganhou vários e expressivos clientes. 
O êxito da marca Patrícia Bonaldi no mercado é resultado de sua percepção e envolvimento. Para a mineira, o sucesso de vendas é consequência da conexão final que ela estabelece com o cliente. “Não trabalho para o lojista e sim para quem irá usar a roupa.”

Por meio da participação em feiras internacionais, ela chegou ao mercado externo: está atualmente em 20 países e considera que as vendas são conseqüências do trabalho manual, especificamente os bordados, que encantam os clientes. Foi esta característica que despertou o interesse da Harrods. “Não fizemos nenhum malabarismo, fomos selecionados pelo produto”. Seu corner na loja britânica estava ao lado de grifes famosas como Marchesa e Nina Ricci.
Patrícia considera mais fácil trabalhar no exterior que no mercado interno. Lá existe mais liberdade para vender, sem comprometer o posicionamento. No Brasil, os pedidos têm que passar por uma triagem. “Não podemos vender para todo mundo”.
Para garantir a mão-de-obra, ela investe em treinamento de pessoas. “Sei que é uma mão de obra volátil, mas não há outro jeito para resolver o problema”, garante.
“Minha história não é nenhum conto de fadas, é muito frio na barriga, acordo com náuseas...”. Com loja na Oscar Freire, na quinta-feira a estilista faz desfile no Mube para imprensa e clientes mostrando coleção inspirada na Índia e no circo.


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