quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A Tempestade de Lúcia Adverse no Inimá de Paula

 
 
A fotógrafa mineira Lúcia Adverse abre a exposição de fotografias Der Sturm/A Tempestade, no dia 7 de março, no Museu Inimá de Paula (MIP), de 19h às 22h, com curadoria de Ricardo Chaves Fernandes, que comanda a galeria de arte contemporânea Ricardo Fernandes e representa o seu trabalho em Paris.
Apesar de um currículo que registra várias mostras internacionais na França e na China, esta é a primeira vez que Lúcia Adverse apresenta uma individual em Belo Horizonte, a convite do MIP.

São 23 fotografias em preto e branco em grandes dimensões, inspiradas no movimento expressionista alemão e no cinema noir, que nasceram de uma pesquisa de fôlego, que incluiu Nova York, Berlim e Paris. As obras são impressas em papel fine art e emolduradas segundo os padrões museológicos.
A série sobre Berlim é que estará em destaque em Belo Horizonte.

O nome Der Sturm -  A Tempestade em português - , vem da revista de arte alemã precursora do expressionismo alemão, criada em 1910 por Herwarth Walden e lançada na capital do país. Era considerada a mais influente do período.
O interesse de Lúcia Adverse pela fotografia arquitetônica pode ser explicado pela sua primeira formação profissional em design de interiores.

O fato das características da construção de uma cidade estarem intrinsecamente relacionadas com sua história, da  arquitetura ter muito a dizer sobre sua cultura e o modo de viver de seus habitantes, sempre a fascinaram.
Quando buscou a habilitação profissional em fotografia, na Escola Panamericana de Arte e Design em São Paulo, entre 2006 e 2007, ela pensava em trabalhar com interiores, mas, pouco a pouco, descobriu seu potencial artístico utilizando a atividade como meio de expressão pessoal. Desde então, possui seu próprio atelier de impressão, onde controla, pessoalmente, o gerenciamento de cores de suas obras e sua completa produção.

Em 2010, recebeu o convite do marchand Ricardo Fernandes - mineiro como ela e radicado em Paris – para fazer parte do seleto grupo de artistas da sua galeria, na mesma cidade. A partir de 2011 é convidada para participar de diversas exposições, feiras e leilões internacionais. As fotografias de Lúcia Adverse estão no acervo de vários colecionadores no mundo inteiro.
Além das várias mostras na galeria Ricardo Fernandes, em 2013 apresentou a série Universo Curvo, uma homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, no Cloître dês Billets, instituição cultural luterana, uma construção datada de do início do século 15 completamente conservada, na capital parisiense.

A exposição foi um marco com sua proposta de diálogo entre as curvas da arquitetura do século 20 com as curvas de Niemeyer e a visão contemporânea da artista.
 
Nova York: O início deste grande trabalho, envolvendo três importantes cidades do mundo, foi fotografado em Nova York. Em 2008, quando Lúcia Adverse registrou as primeiras fotos focando a arquitetura de Nova York  (só concluídas em 2013), optou pelo tratamento em preto e branco. Posteriormente, observou que o contraste das sombras das fotos em p&b lembravam a dramaticidade das luzes do cinema noir, que sempre a impressionou, tanto pela luminosidade contrastada quanto pela teatralidade da temática.
Começou, então, um profundo estudo sobre esse estilo visual, que serviu de base para o seu projeto, interessando-se profundamente pelo expressionismo alemão, que o antecedeu, suas influências na pintura e na xilogravura.
Quando retornou à Nova York para novos flashes, o trabalho já estava direcionado para o tema e cada detalhe da arquitetura foi pensado de acordo com ele.  A série de fotos recebeu o título de Metropolis, palavra homônima ao filme do austríaco Fritz Lang (1927), que propunha uma realidade caótica urbana para 2026.
A preocupação de Lúcia Adverse foi captar essa metrópole estratificada em que se pode reconhecer diferentes níveis sociais, cada um representado por determinada arquitetura.
Paris: Com o passar do tempo, Lúcia Adverse concluiu que nada seria mais natural que estender o trabalho até Paris (a série Paris Noir ainda por concluir), já que o cinema noir recebeu outras influências importantes do realismo poético francês - que surgiu no cinema da França a partir da metade da década de 1930, com seus temas de fatalismo, injustiça e heróis arruinados - e do neorealismo italiano com ênfase na autenticidade.
Interessante observar que o termo film noir foi inventado pelos franceses, críticos sempre astutos e fãs da cultura norte-americana. Durante a ocupação nazista, a França havia sido privada dos filmes americanos por quase cinco anos. Quando, ao final de 1945, começaram a assisti-los, notaram o escurecimento dos ambientes, como também os próprios temas. Mas o termo só foi adotado pelos norte-americanos mais tarde, com uma nova geração de cinéfilos entrando nas escolas de cinema, já no final dos anos 1960.




 

 
 
Serviço:
Exposição Der Sturm - vernissage dia 7 de abril, de 19h às 22h, com coquetel para convidados.
Abertura para o público de 8 de março a 7 de abril –
Local Museu Inimá de Paula – Rua da Bahia, 1201 – Centro - BH
 
 
Lúcia Adverse- Sami Korhonen
 

Expedições

Expedição fotográfica em Pirenópolis
Trabalho de registro iconográfico das Carvalhadas de Corumbá/Goiás
Orientação: Izan Petterle, fotógrafo colaborador da revista National Geographic
Setembro/2007
Expedição fotográfica no Pantanal
Trabalho documental de registro dos vaqueiros da região transpantaneira
Orientação: Izan Petterle, fotógrafo colaborador da revista National Geographic
Greg Gibson, fotógrafo americano vencedor de dois prêmios Pulitzer e ex-fotógrafo da Casa Branca

 
Experiências profissionais
Associação de Fotógrafos Fototech desde 2007
2008 – Diretora de comunicação da Associação Fototech Minas Gerais
2009 – Vice-presidente da Associação Fototech Minas Gerais
2010/2011/2013 – Diretora de comunicação da Associação Fototech Nacional


Exposições individuais
Der Sturm
Curador: Ricardo Chaves Fernandes
8 de março a 8 de abril 2014
Museu Inimá de Paula – BH/MG

 
Universo Curvo

Curador: Ricardo Chaves Fernandes
3 de maio a 31 de maio 2013
Centro Cultural Cloitre dês Billettes – Paris/França

 
Entre Luz e Fusco

Curador: Ricardo Chaves Fernandes
20 de maio a 18 de junho 2011
Galeria Ricardo Fernandes – Paris/França
 

Exposições coletivas
Trésors Contemporains
Exposição de arte contemporânea
Curador: Ricardo Chaves Fernandes
Galeria Ricardo Fernandes – Paris/França
 Outubro/Novembro 2012

 
Shangai International Art Fair 2012
16th Shanghai Internacional Art Fair
Curador: Ricardo Chaves Fernandes
Stand: Galeria Ricardo Fernandes
Shanghai/China
Novembro 2012

 
Art Canton 2012
Art Canton Fair 2012
Local: Jinhan Exhibition Centre
Stand: Galeria Ricardo Fernandes
Guangzhou /China
Outubro 2012


Game os Arts
Art Exhibition & Cocktail Dinner & After Party
Curador: Ricardo Chaves Fernandes
Château Bouffémont (Castelo Bouffémont)
Bouffémont/França
Setembro 2012


Du Temps Libre pour L’Art
Exposição de arte contemporânea
Curador: Ricardo Chaves Fernandes
Galeria Ricardo Fernandes
Paris/França
Agosto/Setembro 2012

 
Poizone@Dreams
Festival de La Créativité Numérique
Festival Organizado pela prefeitura de Paris
Trabalho: Jogo de Xadrez
Paris/França
Junho 2012

 
Printemps D’Art
Curador: Ricardo Chaves Fernandes
Galeria Ricardo Fernandes
Paris/França
Abril 2012

 
Artnatureanimal
Art Canton Fair 2011
Jinhan Exhibition Centre
Curador: Ricardo Chaves Fernandes
Stand Galeria Ricardo Fernandes
Guangzhou/China
Outubro 2011


Click Now
Trabalho: Universo Curvo
Curador: Ricardo Chaves Fernandes
Centro Cultural Espace Beaurepaire
Paris/França
Setembro 2011

 
II Mostra Mineira de Fotografia
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)
Tiradentes/Minas Gerais
Fevereiro 2011

 
26ª Bienal de Arte Fotográfica em Preto e Branco
Galeria de Arte Gerd Borhein
Caxias do Sul – RS
Junho 2010


Exposição Gente de Minas
Participação com retrato do escultor mineiro Leopoldo Martins
Espaço Cultural do BH Shopping
Belo Horizonte/MG
Fevereiro 2010

 


 

 

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